quarta-feira, 25 de março de 2015

Zoneamento

O que é Zoneamento e para que serve?


Zoneamento é um instrumento utilizado nos planos diretores, através do qual a cidade é dividida em áreas sobre as quais incidem diretrizes diferenciadas para o uso e a ocupação do solo.

Alguns de seus principais objetivos são:

  • Controle do crescimento urbano;
  • Proteção de áreas inadequadas à ocupação urbana;
  • Minimização dos conflitos entre usos e atividades;
  • Controle de tráfego;


Modo de funcionamento


O zoneamento busca alcançar esses objetivos através do controle de dois elementos principais: o uso e o porte (ou tamanho) dos lotes e das edificações. O resultado final alcançado inclui a proporcionalidade entre a ocupação e a infra-estrutura, necessidade de proteção de áreas frágeis ou de interesse cultural, harmonia do ponto de vista volumétrico, etc

Controle da Intensidade de Ocupação

Com relação ao porte da edificação, este é controlado através de índices que estabelecem, por exemplo:

  • O número máximo de pavimentos ou altura total da edificação;
  • O Coeficiente de Aproveitamento máximo do lote (CA), que representa a área máxima possível de ser construída dividida pela área do lote;
  • A Taxa de ocupação máxima permitida para o lote;
  • Os afastamentos frontal, laterais e de fundos;
  • O tamanho mínimo do lote.


Nº máximo de pavimentos

Taxa de Ocupação (TO)

A TO é a relação percentual entre a projeção da edificação e a área do terreno. Ou seja, ela representa a porcentagem do terreno sobre o qual há edificação.


A TO mede apenas a projeção da edificação sobre o terreno.
A Taxa de Ocupação não está diretamente ligada ao número de pavimentos da edificação. Na realidade, se os pavimentos superiores estiverem conditos dentro dos limites do pavimento térreo, o número de pavimentos não fará diferença nenhuma na TO. Se, ao contrário, um ou mais pavimentos tiverem elementos que se projetam para fora, então a TO será alterada.

A TO muda com o nº de pavimentos se houver projeção da edificação fora dos limites do pav. térreo

Parâmetros de referência para a TO.






Coeficiente de Aproveitamento (CA)

O coeficiente de aproveitamento é um número que, multiplicado pela área do lote, indica a quantidade máxima de metros quadrados que podem ser construídos em um lote, somando as áreas de todos os pavimentos.

Os exemplos abaixo mostram duas possibilidades de edificação de um lote de 24 X 30 m, com CA = 2. A primeira, que utiliza TO= 50%, permite apenas 4 pavimentos.
Variação do nº de pavimentos para CA = 2 e TO = 50%


O segundo exemplo distribui a área edificada em 8 pavimentos, cada um com TO = 25%
Variação do nº de pavimentos para CA = 2 e TO = 25%































Dessa forma pode se testar as possibilidades de edificação resultantes das diversas combinações de Taxa Ocupacional e Coeficiente de Aproveitamento, sempre levando em consideração os objetivos para cada zona (adensar, restringir a ocupação, proteger a paisagem, e assim por diante).




Fonte : http://urbanidades.arq.br/

segunda-feira, 9 de março de 2015

Materiais Naturais e Artificiais - Materiais Metálicos

Materiais Metálicos








Vergalhões metálicos


São a base estrutural que compõem o concreto armado
Os vergalhões podem ser lisos ou retorcidos

Mais utilizado 

Retorcidos:

Recebem um helicoide saliente em baixo relevo para que haja a melhor ancoragem do concreto na armadura.

Especificação desse material é dada em mm.

O que compõem a utilização desses materiais são as armaduras principais e auxiliares (estribos).
Colaboram de forma significativa no trabalho a tração das estruturas de concreto armado.



Outro tipo de perfil metálico são aqueles utilizados como elementos estruturais de uma construção
podem ser de alma cheia e tubulares:


Alma cheia


Laminados, produzidos em forma na industria.
esses perfis laminados tem varias dimensões, pode se apresentar em forma de I, H ou U

Os perfis são formados por três elementos: elemento vertical chamado de alma cheia e dois elementos horizontais chamados de base, inferior e superior.




Tubulares


Se apresentam da mesma forma, Laminados ou dobrados
Muito utilizado nas treliças espaciais. 







Telhas metálicas


Encontramos em produções no Brasil, pode ser de aço galvanizado, alumínio e cobre.
O cobre normalmente importado do Chile.

A forma das telhas  mais comuns podem ser onduladas e trapezoidais.
Podem ser portantes, necessitam de uma estrutura sob elas ou autoportantes, resistem ao proprio peso em um determinado vão.
pode se apresentar em chapa simples ou em chapa compostas destinadas as telha termoacústicas.



Steel frame


Construções muito leves em que podemos utilizar como estrutura de base elementos metálicos de aço galvanizado ou alumínio, chamadas de construções secas, que não utilizam elementos como água, misturas.. normalmente pré industrializadas.
As vedações gesso cartonado, papel cartão misturado com gesso, Drywall, madeira laminada ou madeira colada e também os painéis ou telhas metálicas. 




Fonte: Calux - Materiais Naturais e Artificiais

sábado, 7 de março de 2015

Materiais Naturais e Artificiais - Madeiras

Madeira na construção





Madeiras que se destinam as estruturas:

É um material renovável, apresenta momentos de flexibilidade e módulo de resistência

A madeira destinada as estruturas, é necessário cuidados na escolha dos materiais:


  • Modulo de resistência - dimensionamento da fibra da madeira

Madeiras com fibras longas e justas, apresentam melhor módulo de resistência e flexibilidade

Madeiras onde fibra é curta e separadas uma das outras, apresentam menor flexibilidade e módulo de resistência.


  • Modo de flexibilidade
Quanto mais flexível o material se comporta próximo ao aço nas estruturas
Flexibilidade melhor, melhor o desempenho do material a vãos.

  • Modulo de durabilidade
Tem que apresentar uma boa durabilidade para que valha a pena ser utilizada na construção

Madeiras naturais certificadas

São aquelas retiradas do local em que foram plantadas ou por programa de reflorestamento em fazendas ou em florestas, Amazônica, Pará.

São retiradas da floresta e escolhidas, as que não produzem mais sementes, produzem apenas sombras e a sua volta não nascem mudas de outras árvores, pois seu sombreamento não permite.
Especialistas entram na floresta marcam as árvores que devem ser retiradas sem comprometer a floresta, caminham por ela voltam para o primeiro núcleo 50 anos depois.
São chamadas de certificadas ou madeira Legal.

As mais comuns:

  • Massaramduba 
  • Jatobá
  • Ipê 

Madeiras tratadas em autoclave


  • Eucalipto 
  • Pinus

Eucalipto é uma madeira resistente porém baixo modulo de durabilidade quando exposto ao tempo
em funcão de uma resina que é produzida em seu interior e que colabora com seu apodrecimento.
Madeira de fibra longa, e esparsa.

O pinus é uma madeira bastante mole, muito porosa pouco resistente com módulo de durabilidade pequeno, porém por ser poroso recebe bem os tratamentos que são destinados a madeira, e esses tratamentos  acabam fazendo que o pinos tenha durabilidade.

As madeiras Resinadas 

Pó de madeira misturado com resina 
madeira de alto forno

Madeiras Laminadas Coladas MLC


Madeiras Laminadas Coladas


Eucaliptos e pinos


Lamina-se a madeira em fatias de 2 cm de espessura, coladas com cola de alta resistência que não descolam jamais. Com isso faz-se vigas, colando lamina sobre lamina. 
Utilizada na Europa há 20 anos.

Fibras Naturais

São aquelas que podem ser utilizadas no seu estado natural:

  • Bambu
  • Sisal
  • Folhas

O que melhor se apresenta são as construções feitas com bambu, por possuírem fibras muito longas. Maior Flexibilidade.

Simon Velez - Bambu






Fibras artificiais

Material poliméricos filetados que se compõem com materiais cimenticíos.


Fonte: Calux - Materiais Naturais e Artificiais






Materiais Naturais e Artificiais - Pedras

Pedras





As pedras são normalmente um material natural retirado das rochas.


Podem ser retiradas das rochas por explosão, serras e britadeiras.


Também pode ser retiradas em laminas.


As pedras estruturais naturais, normalmente são blocos cortados rachões e até serradas, como no caso do paralelepípedo.


As técnicas de construção com pedras naturais são



  • Empilhamento
  • Engastamento



Empilhamento

Utilizar-se de pedras rachões 20 cm e 45 cm, ou blocos que são pedras maiores e empilhar essa pedras como se pode ver em muros.
A seco apenas o encaixe de uma pedra sobre a outra, ou coladas com argamassa, (material cimenticio colaborador da consolidação dessas pedras)

empilhamento

muros, cargas pequenas, poucas solicitações de carregamento


Engastamento

Técnica mais resistente, consiste em se construir vagarosamente com relação ao vencimento da alturas, se constroem duas paredes empilhadas paralelas com um vão no centro. Preenchido com argamassa ou concreto. O que faz com que aumente a resistência com relação as cargas de tombamento.



Pedras artificiais

São os materiais cimenticios hidratados + os aglomerantes.
Cimento, que é calcário cozido, depois de cozido o nome desse calcário passa a ser clínquer, pulverizado, misturado e moído com gesso,  quando hidratado se torna um material muito rígido

As que mais usamos, 


Concreto - mistura de cimento, pedra natural e água.


Também as argamassas que são pedras artificiais

Areia, cimento e água.
Argamassa de base, chapisco, servem para receber revestimentos.



Solo cimento


É uma argamassa que recebe terra argilosa, sempre com hidratação. Material cimenticio que se apropria da terra na sua mistura. 


Adobe






Fonte: Calux - Materiais Naturais e Artificiais




terça-feira, 3 de março de 2015

Unidades de comprimento

Medidas de comprimento



A medida principal de comprimento é o metro. A palavra metro vem do grego métron e significa "o que mede". 

Dele deriva outras unidades da quais convencionou-se chamar de múltiplos - quando estas são resultados de uma multiplicação decimal a partir do metro, e de submúltiplos - quando forem resultados de uma divisão decimal.

Multiplos e submúltiplos do metro:











1 m = 10 dm = 100 cm = 1000 mm = 0,001 km.

Exemplo:
5 km = 5000 m (km - m (x 1000)).

0,2 dm = 0,02 m (dm - m (: 10)).



Medidas de superfície

Múltiplos e submúltiplos do metro quadrado:










1 m² = 100 dm² = 1000 cm² = 1000000 mm² = 0,000001 km²

Exemplo:

0,32 dm² = 32 cm² (dm² - cm² (x 100)).

340000000 mm² - 340m² (mm² - m² (:1000000)).

Medidas de Volume

Múltiplos e submultiplos do metro cúbico:








1 m³ - 1000 dm³ = 1000000 cm³= 1000000000 mm³ = 0,00000001

Exemplo: 

2500 cm³ - 2,5 dm³ (cm³ - dm³ (: 1000)).

3 km³ = 3000000000 m³ (km³ - m³ (x 1000000000))


Medidas de Capacidade

Submúltiplos do litro:










1 L = 10 dL = 1000mL.

Exemplo:


2 L = 2000ml (L - ml (x 1000)).

2300 mL = 2,30 L ( mL - L ( : 1000)).

Importante: 

1 dm³ = 1 L

1 m³ =1000 dm³ = 1000 L 


sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Gerenciamento de Obras Civis

Para qualquer produção é necessário um GERENCIAMENTO


Produção

As ciências da Economia e Produção definem que produzir, é criar algo ou amentar a utilidade das coisas.

Gerenciamento

(Gerenciar + Mento) = ação ou resultado de gerenciar, dirigir, administrar
A função de um gerente é gerir.

Gerenciar é saber lidar com informações e com problemas e, principalmente, nunca fugir deles.

Uma das grandes ferramentas para o GERENCIAMENTO é o sistema misto chamado PERT-CPM

PERT = Program Evaluation and Review Techinique ( Técnica de Avaliação e Controle de Programas).

CPM = CRITICAL PATH METHOD ( Método do Percurso - ou Caminho - Crítico)

Através de um projeto, qualquer coisa que se quer fazer - que se desenvolva por ações sequenciais - pode ser programado e acompanhado pelo cronograma integrado PERT- CPM;

São as chamadas REDES PERT- CPM.. ou REDES DE PLANEJAMENTO (Fluxogramas)

É a representação gráfica de um programa, na qual se apresenta a sequência lógica do planejamento com as interdependências das tarefas, tendo por fim alcançar um determinado objetivo.


  • PROGRAMA = Conjunto de tarefas, suas interdependências, prazos e recursos, colocados num texto gráfico.

  • TAREFA = Atividade que deve se conhecer a duração e sua interdependência (antecedência e subsequência). A atividade ou tarefa consome tempo ou recursos.

  • Setas ou linhas orientadas representam as atividades ou tarefas;
  • Círculo ou nós representam os eventos (início e final das atividades)



Exemplo: fazer café

A - Esquentar água - 20 minutos (depende de nada);
B - Comprar pó - 10 minutos (depende de nada);
C - Preparar materiais - 5 minutos (depende de B);
D - Fazer café - 5 minutos (depende de A,C);
E - Adoçar e mexer - 1 minuto (depende de D);
F - Tomar café - 1 minuto (depende de E);



CAMINHO CRÍTICO

Composto pelas atividades que deduzem o menor tempo possível que se pode concluir o projeto.
Podem existir diversos caminhos críticos para uma mesma rede ou então todos os caminhos podem ser críticos, caso em que não há folgas nas atividades.

Ao evento inicial de uma rede atribui-se a data zero.
Para cada atividade, soma-se o seu tempo com o do evento que lhe deu origem;
Se a um determinado evento chegam várias atividades, comparam-se as somas dos valores que ai chegam e escolhe-se a maio delas. Esse maior tempo será o tempo designado ao evento de chegada das atividades;


CRONOGRAMA DO SISTEMA PERT - CPM





É chamado de cronograma integrado

O Cronograma integrado PERT -CPM leva em conta as premissas adotadas e materializa graficamente o resultado dos cálculos efetuados segundo o diagrama PERT- CPM.

O Cronograma é a ferramenta, o instrumento do Planejamento, no dia a dia da obra e é com base nele que o Gerente e sua equipe devem tomar as decisões importantes como: programar as atividades das equipes de campo, fazer pedidos de compra, alugar equipamentos, liberar pagamentos de mão de obra.


Fonte: Gerenciamento de Obras Civis - Prof. Edvaldo Lopes Ferraz

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

EIA/RIMA - Relatório de Impacto Ambiental



Impacto ambiental é qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente afetam a saúde, a segurança e o bem estar da população.

EIA - Estudo de Impacto Ambiental

É o conjunto de estudos realizados por especialistas de diversas áreas, com dados técnicos detalhados. 
No artigo 6º da resolução Nº 001/86 é definido que o EIA desenvolverá as seguintes atividades técnicas:


  • Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto, completa descrição e análise dos recursos ambientais e suas interações
  • Análise dos impactos ambientais do projeto e de suas alternativas, através de identificação, previsão da magnitude e interpretação da importância dos prováveis impactos relevantes, discriminando: os impactos positivos e negativos, diretos e indiretos e a médio e longo prazo.
  • Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos, entre elas os equipamentos de controle e sistemas de tratamento de despejos, avaliando a eficiência de cada uma delas.
  • Ela boração do programa de acompanhamento e monitoramento ( os impactos positivos e negativos, indicando os fatores e parâmetros a serem considerados).


RIMA - Relatório de Impacto Ambiental

O relatório de impacto ambiental, RIMA, refletirá as conclusões do estudo de impacto ambiental (EIA). O RIMA deve ser apresentado de forma objetiva e adequada a sua compreensão. As informações devem ser traduzidas em linguagem acessível, ilustradas por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação visual, de modo que se possam entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como todas as consequências ambientais de sua implementação.
O Relatório de Impacto Ambiental deverá conter os seguintes itens:

  • Objetivos e justificativas do projeto, sua relação e compatibilidade com as politicas setoriais, planos e programas governamentais
  • A descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e locacionais, especificando para cada um deles, nas fases de construção e operação a área de influência, as matérias primas e mão de obra, as fontes de energia, os processos e técnicas operacionais, residuos de energia, os empregos da serem gerados.
  • A caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência, comparando as diferentes situações da adoção do projeto e suas alternativas, bem como com a hipótese de sua não realização;
  • Programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos;
  • Recomendação quanto à alternativa mais favorável (conclusões e comentários de ordem geral).


Atividades que exigem o EIA/RIMA



  • Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento;
  • Ferrovias;
  • Portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos;
  • Aeroportos;
  • Oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgotos sanitários;
  • Linha de transmissão de energia elétrica, acima de 230KV;
  • Extração de minério;
  • Distritos industriais e xonas estritamente industriais;
  • Projetos urbanísticos, acima de 100 ha ou em áreas consideradas de relevante interesse ambiental;
  • Qualquer atividade que utilizar carvão vegetal, derivados ou produtos similares, em quantidade superior a dez toneladas por dia;
  • Usinas de geração de eletricidade.


Fonte: Cientec - www.matanativa.com.br